À mulher de vinte e um anos

À Mulher de vinte e um anos

(singela homenagem a todas as mulheres, que

vivem ou viveram esta belíssima fase da vida)

A mulher de vinte e um anos

É tão doce, tão madura

Delicada e segura

Amainada já a loucura

Dos anteriores anos

Tão rebeldes, levianos

A mulher, aos vinte e um anos

Tem um quê de compostura

E completa envergadura

É menina, sem frescura

Torna os olhos sãos insanos

De rapazes e de “ansianos”!

A mulher com vinte e um anos

Tem sorriso de criança

Mas, no corpo, exuberância

Na memória, há só infância

No futuro, muitos planos

Eu, que tenho muitos anos

Nunca amei tanto em nenhum!

Desse amor que rasga os panos

À mulher de vinte e um

(Djalma Silveira)