Mago dos meus desejos.

És o amante mais amado desta terra;

És o grito preso em minha garganta;

O Senhorio onde meu poder se encerra;

A fortaleza onde meu delírio se agiganta;

És a razão que dá razão se afasta;

A luz que emana do cômodo sombrio;

O mal que tomba sobre a mão nefasta;

Sem empreender, ao bem qualquer desvio;

És o notório canto entre os sussuros;

Que enfeitiça os ouvintes com notas finas;

És o ocaso declindando sobre o os muros;

Das prisões de minhas tristezas repentinas;

O cedro firme que horienta o justo;

Bálsamo de venenoso, perfume;

Nato plebeu, de destino augusto;

Motivo víl, de meu fatídico ciúme;

Metade humano e metade divino;

Mago de sortilégios ternos e absolutos;

Homem feito, com jeito de menino;

Istingando meus desejos mais dissolutos.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 23/10/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1244233
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