Inocência perdida
Segue teu caminho,
Feito de cinzas,
Dor e angustia...
Pois sofro agora,
Por algo sem sentido...
Peito aberto,
Dilacerado,
Rasgado pelas garras do amor...
Sangue pálido,
Suave veneno,
A vida extingue-se,
cessa e acaba...
Pudera, arrancando de meu peito aberto fora,
Coração maldito,
Teimoso...
Entregaste o que tem de mais sagrado,
Mais caro,
Mais simples...
Presenteou-o,
Ingrato,
Cruel,
Foste tu amado...
Apossou-se,
Invadiu,
Entro em meu peito...
Ocupou os espaços,
Encheu eles de luz e esperança a minha calejada vida...
E agora,
Simplesmente larga-me,
deixando-me aos pratos,
Sem ao menos um recanto ou refugio...