Amor surrealista...

Em ti encontro abrigo, esqueço dos meus problemas,

Delicio-me observando a plenitude de teus poemas,

Findo meu pranto e alimento meu imenso fascínio,

Vejo meus sofrimentos insistentes em súbito declínio.

Alicio-me ao devaneio que me ofertaste tão sutilmente.

Deixo que se espalhe o doce arrepio decorrente,

Dos anseios inadvertidos e subseqüentes deste,

Instante lucidamente enlouquecido que me ofereceste,

Quando traguei o elixir venonoso do seu sabor eloqüente.

Ainda paira sobre meu olhar, a sombra delicada e lúbrica,

De seu corpo esguio, constituído em divina rubrica,

Imaginativa, somente para meu usufruto intencional.

Deleite híbrido, surpreendendo meu intelecto racional.

Agora estou completamente envolvida neste delírio surrealista,

Que ludibria facilmente meu sexto sentido, perante, a vista,

Dos meus mais atentos olhares desconfiados,

Transformou meus ares, dantes amedrontados,

Em mares de ousadia com revoltosos tornados

Apaixonados...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 30/10/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1256654
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.