Despedida

Letárgica demonstração

Teimosa convicção

Insistente vertente da dor

Desfigurada em apoio vazio

Sintas fome ou frio

Mas não acorde

Tristes ouvidos meus

Surdos sem molde

Desculpe-me sentir alto

Calo-me agora!

Cúmplice do que fizestes

Acenarei quando fores embora

Não critiques o hoje

Fostes há tempos atrás

Em versos calados

Sufocados, sem passado

Voe no céu que amas

Desvie das pedras que chamas

Mas não me procures ao chão

Terei ido embora então...

Romassenav
Enviado por Romassenav em 20/03/2006
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