Do amor que me tinhas...

Sei que é pouco o que disponho

Queres amor feito de sonhos

Enquanto vivo realidades

Juntei as fomes, perderam-se as vontades.

O amor que me tinhas era pouco e se acabou

Afinal será que um dia começou?

Embalado pelas horas de solidão

Embebo involuntariamente meu coração

Esse músculo cansado que bate querendo estar ao seu lado

Das gotas de saudade do passado

Sei que não podemos ser tudo que outros querem, mas podemos

Ser o que queremos...

Sem precisar esquecer quem somos.

Era pouco e se apagou.

O brilho que contemplamos

Ao luar solitário de uma noite eterna

Imersa em fragilidades fraternas

O brilho se acabou, apagou.

Como a beleza gratuita das ondas do mar que

Repentinamente se acalmam, ficamos a contemplar

A quietude do indefinido.

As mãos entrelaçadas e frias.

O coração partindo o vazio

Partindo pra um novo amor, novo mar.

Mas águas, agora calmas, são sentimentos.

O momento, pequeno espaço de tempo desmedido.

Era pouco e se acabou...

()

Lauro Camilo
Enviado por Lauro Camilo em 05/11/2008
Reeditado em 11/11/2008
Código do texto: T1266985
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