O frio da noite

sinto frio à noite,

algo banal a qualquer homem...

todavia, não é o gelo nas veias que amedronta,

e sim o presságio da dor que ele faz crescer.

medonho, duro, cristalino,

esse medo, na verdade, é produto

de uma insistência quase animal,

que se guia pelo instinto de julgar

possível a chegada do amor

por meios inconsistentes, fugazes,

como o fato de eu julgar que

o adeus de ontem iniciou

um ciclo cujo final será um

outro adeus, e entre ambos,

a felicidade plena!

Clóvis Luz da Silva
Enviado por Clóvis Luz da Silva em 06/11/2008
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