DE TANTAS JANELAS

Valha-me o descuido
que acarreta o esquecimento!
De cada dor eu não quero mais
nem sequer o ressentimento.
Sou intuito vivenciado por passos
que mantenho no vazio.
Crio telas de ironia,
paisagens de meu mundo sombrio.
Negocio bagatelas e aguardo
por voltas que não acontecem...

Valha-me a insensatez
dos atos que sempre cometo.
O calor que eu tanto necessito
viria da brasa de um graveto.
Porque da vida, descobri as mazelas
mais cedo que pretendia.
Sonhando, debrucei-me em janelas
de amores que eu não conhecia.
E agora, depois de tudo,
nem minhas lembranças merecem...



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 10/11/2008
Reeditado em 10/04/2013
Código do texto: T1275942
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