Lindas palavras...

Essa loucura de te amar, me levou ao extremo;

Meu mundo de oscilações, só revela meu delirar,

E minhas máscaras não escondem o que temo;

À revezar entre emoções e razões, vai me matar.

Um pouco além deste delírio, é onde naufragarei;

Mas mesmo sabendo, que passarei pelo martírio,

Para que, você não possa de mim, se desligar;

Almejo estar perdido, pois assim lhe encontrarei.

Anseio pela dor, se até você ela puder me levar.

Não quero nada, se não puder ter tudo, sou assim.

Meu principio menos profundo, suplanta seu viver,

E mesmo que sua obra se complete e tenha fim,

Sem me conhecer, ainda não passará de um esboço,

Do que poderia ser, se ela fosse concretizada em mim.

Sei que é por mim, esta veia latejando em seu pescoço.

Nas lindas palavras que escrevi, inundas em ciúme,

Não consegui atingir, de tudo que senti, o cume.

Fui superficial e ainda que extensa, pouco intensa.

Mas quero agora, concluir a minha objeção notória,

Como saber? Haverá uma hora, pra dizer esse amor,

De forma singular, antes nunca dita, compulsória,

Pra minha alma palpitante, inspirada em cumplicidade.

E toda a criação há de observar, sua eterna vontade,

Em me contentar, com seu prazer e seu doce sabor.

Sei do meu lugar: é esse pertinho do seu coração.

Entre o correto e a abominável, sou a ultima fibra.

A ponte capaz de te levar ao céu da satisfação.

E minha intenção lasciva é ar quente que calibra,

Seu balão mágico, estacionado neste cenário trágico.

A intrepidez de minha convocação consegue aguçar,

Os sentimentos febris que lhe assolam desde antes,

Não vou permitir que afastem meus versos dissonantes,

Do único motivo constante de meu versejar...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 11/11/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1278313
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