Somos Impares

Somos impares,

Eu, na minha profunda agonia.

Exilada indefinidamente em um vale intransponível

Buscando seu olhar em minha direção

Desatrelando os nós das amaragens

Envolvida na musicalidade de sua canção.

Somos possuídos por metáforas imagéticas

Olhares profundos, mistérios impenetráveis

Coletivos, impressos em jornais quadriculados.

Caminhamos sozinhos e lado a lado

Sem temor da solidão ou de fantasmas imaginados.

Realinho os pensamentos nas sombras existentes

Minha sombra, adentrando a sua ironicamente reflexa

Nos corpos adormecidos _ sentimentos de adeus

Surpreendendo os obstáculos e as certezas duvidosas

Seguimos unidos circulando em nosso espaço

Quimeras individuais se sobrepõem aos olhares

Apesar de termos segundos de existência

Não somos iguais _ deu-nos a fé incompleta

O instinto que nos guia nos desencontros

Eu, comigo mesma nas ações _ buscando lucidez.

Iludem os quereres pela distancia excedida

Libertadores emocionais dividem as aventuras

Na mente que se abre a novas alegorias

Invisíveis formas, precisas, iluminam as nostalgias e os ideais.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 12/11/2008
Reeditado em 17/06/2009
Código do texto: T1280195
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