SONETO DO SAL (soneto)
O sal do mar me tempera...
Eu sei, do lado de lá, me espera
seu carinho, minha calmaria
ao meu partir, sorria... Fingia...
O sol da manhã me desperta...
Será que está ainda aí... Peito aperta...
Saudade... Tortura perto de mim...
Ao meu partir, os olhos diziam sim...
Só... Lembro-me, choro, me traio...
Eu sei inútil, preparo-me e ensaio
mil modos para me consolar
Estancar o sal da lágrima vertida...
Qual a cura para imensa ferida
que a partida provoca ao amar...