A NOITE DE NOSSO AMOR

Boca com boca, sentindo a respiração um do outro,

enquanto as mãos, ganhando liberdade, solicitam

corpos, já meio despidos de roupas, seu incómodo,

promessas ecoam por todo o quarto entre sussurros.

E, aproveitando a meia-luz, do recinto, cheio de uma

sensualidade, que nos rouba os instintos, peça a peça,

tecidos vão caindo a nossos pés, entre beijos e aromas,

aumentando a respiração e sua cadência, subtilmente.

Porém, alguma da roupa, mantém-se, aprofundando

sentimentos e desejos, deixando que, a sensualidade,

reine entre o par, que, sem pressas, vão-se acariciando,

em toques de pele, deixando, que o momento se faça.

E, eis, que, assim, nos observamos, em perfeito deleite,

esculpindo a nudez, até agora visível a nossos olhos, e,

entrando em jogos, que nos fazem rir, descontraímos

um pouco, da entrega sexual, absorvendo-nos de facto.

Por fim, já sem roupas, entregamo-nos ao tão inevitável,

desejo carnal e sentimental, e, beijando-te, com avidez,

trago-te suavemente, até ao descanso, dos alvos lençóis,

bebendo ambos, do fruto escolhido, qual só a nós respeita.

Jorge Humberto

23/ 1 1/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/11/2008
Código do texto: T1300862
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