Na corda bamba da vida

É como andar em corda bamba

De repente minha doce alegria

Torna triste esta minha poesia

E nesse tom lúgubre descamba

Meus sentidos sintonizam os teus

Em teus olhos vejo o vazio dos meus

Em tua aflição perecem meus dons

Tua dor em minha alma faz morada

Sofro por sentir o teu sofrer

Choro por dentro quando sorrio

Mas não deixo jamais de te sorrir

Como se com o meu sorriso triste

Tuas lagrimas pudessem conter

Cada gota do meu sangue frio

Fervilha impaciente nas veias

O homem feito de rocha vê em mim

Se desmancha todo longe de você

Como duna de areia ao sopro do vento

Minha garra agora enfraquecida

Ora a Deus misericórdia

Nada posso contra o destino

Sou o malabarista das noites

Entre os sonhos e pesadelos teus.

Zoiudo
Enviado por Zoiudo em 25/11/2008
Código do texto: T1301853