Marcas

Em cada marca de meu rosto envelhecido,

sinto a vida se esvaindo lentamente,

buscando encontrar em minha trajetória o sentido,

da tristeza que em meu olhar esta presente.

 

Lutas inglórias, promessas esquecidas,

carências permanentes, portas fechadas,

corações endurecidos, gente sofrida,

o desconhecido...fim de uma estrada.

 

Nesse contexto o capítulo final

presença marcante de um mar de ilusões.

É o improvável, surrealista e virtual,

que alimenta falsas esperanças...Dilacerando corações.

 

O mundo novo de meus velhos dias,

onde é quase impossível distinguir o bem do mal.

E fala mais alto a dor da nostalgia,

dando aos belos sonhos, um melancólico final.

 

O medo é forte, porem a solidão é maior,

a mentira tem presença permanente.

E o desespero de quem não sabe o que é pior,

segue envolvendo um universo de almas carentes.

 

E o lirísmo que um dia foi presença

nos versos do poeta apaixonado,

hoje é apenas luxúria e descrença,

do mundo moderno e seu triste legado.

 

Meditando no porvir do amanhã,

rotulado de ultrapassado e sonhador,

vou deixando em poesia minhas memórias,

porque não creio em felicidade... sem amor.

 

 

 

 

 

 

 

FalcaoSR
Enviado por FalcaoSR em 26/04/2005
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T13077
Classificação de conteúdo: seguro
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