IMPRESSÕES
O Eu, que procuro no imaginário.
Não existe aqui dentro de mim,
Olho pro indefinido e não o encontro
Este Eu,
Pois não sou Eu que estou aqui.
Chego a vagar nos meus desertos
Nas noites sem luar, não há estrelas.
A que possa guiar meus pensamentos
Buscando refletir o Eu dessa maneira.
Perguntas com respostas tornaram-se desafios,
Coragem inda sim de uma ilusão - felicidade
Ora, a encontro por segundos sem confiança
De a Ter sem sofrer (não tenho coragem).
Agita o mar em revoltas o meu ser
Pois quando penso que em mim existo,
O vento traidor afasta todas as possibilidades
De alcançar as quimeras de um sonho de verdade.
Entendem-se os desígnios desse destino,
Alimentar minha alma de sutis fantasias...
Mais, mas a consciência racional percebe
Que o fim é triste e a esperança trás nostalgia.
Se a lua por si só entende suas fases,
Reflete-se em mim duas feições
A de imaginar que tudo és passageiro
E a que deixa só, passar sem impressões.