Universo Perfeito
O fio da navalha que fere
Sulca a epiderme do tronco
Inábil, produz o fim de Cupido
Certeiro, no endereço dois epítetos
Par primoroso
No límpido momento, imbuído da
Tessitura contagiante de sublime odor
Vibrante do cântico das pupilas enlevadas
Subsistem unos
As mãos unidas, os lábios frementes, sequiosos
Emudecidos e reflectivos…
Não ousam perturbar o universo
Perfeito
© Luís Monteiro da Cunha
2006-04-04