PRONÚNCIA*

O que cala não desmente...

A boca planta a semente e

e os olhos dizem: te amo.

E a alma canta apressada

que a calma é desnaturada

e tem pressa de abrigo.

E o que cala eu consigo,

dizer sem tanta demora...

que meus olhos morrendo

lá fora, latejam o teu perigo.

Então o corpo dormente

desperta feito serpente

e a língua lambe: te amo.

É certo que é encantada

essa paixão desvairada

que doida eu vivo contigo...

E a boca já não se importa,

que o beijo seja o recado.

E a pronúncia deixa de lado,

essas coisas que o amor

denuncia...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 24/12/2008
Reeditado em 25/12/2008
Código do texto: T1351074
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