Fonte Eterna de Doçura

O canto que agora entôo

Ascende ao sabor do vento

Acende apraz sentimento

Perante o sublime vôo

Toca doce em teus ouvidos

Címbalo de amor que sôo

Mas, como se fosses mouca

Não escutas meus apelos

Não aceitas meus desvelos

Me lanças palavras loucas

Mas, inda tenho esperança

De tocar a tua boca.

Não a boca tão-somente

Mas também teu coração

Pois não passes de ilusão!

Que não sejas tão temente!

Que não sejas insensível!

Pois tu não és, certamente

Tu és a doce figura

Anjo que habita meus sonhos

Que alegra os dias tristonhos

Ser celeste de candura

Róseos e singelos lábios

Fonte eterna de doçura.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 28/12/2008
Reeditado em 14/01/2009
Código do texto: T1356326
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