Armação dos Búzios..
A voz de seu mar.
Tu que escondes o sol na chegada dos crespúculos
Ao marejar meus olhos, nas vagas ondas de meu mar
Num reviver meus momentos lançando no firmamento
Delíquio doirado a intento, a face em marolas enxurros,lembranças íris em Ponta Negra enxergando Geribá...
Mar a voz ecoando nostalgia, palatizando a maresia
Reverberando meu amar, nos sons de magoas sentidas
Saudosa de ti meu CANTO, das unhas dos mariscos
Desta voz que fala o mar...D a terra que deixei raízes
Marcando meus passos impressos nos rastos...
Em ti clarins ouviram, estórias e procelas e fame-la lestada
A cavalgar minha mente blasonando TUFÃO, em teu céu platinado nas ruelas do luar... Tu que falas da pesca de sereias encantadas, dos barcos as redes as velas, meus remos dormidos nos rumos ...
Em caicos de sonhos em ti sonhados, nas areias esboçados
Armação dos Búzios ...Dormitas em mim, neste seio soluçado. Acordado nos Ossos, galopando a Ferradura
Memórias degustativas, que exalam do Forno, seus bolos de puba...
Goiaquica Azeda nos cardos de Tucuns, no anil de suas águas a Foca valsa a encantar o Criminoso na voz do mar decantado Amor! Armação dos Búzios... Tens a quimera de meu cantar anseios na voz de seu mar imenso, auguras em meu versejar, o nascer da poetisa, majestosa no soprar seus ventos...
Manguinhos, sargaças de Bonito Cavalo e Pescada Amarela
Tarrafas e arrastos, caniços as cocorócas, nas conchas de seu mar eu grito. De onde vem essa voz que escuto entardecendo sentidos? Vem do mar anoitecendo poema dito ouvindo , lumiando o já descrito...
Talvez as vozes dos já idos, chamando-nos a relembrar
Mar nos ventos arrefecidos,Trotear dos cavalos nossos...
Zué Neco e Godozinho nos versos ora escritos... De onde vem essa voz dissipando amarguras, oh! Mar que alimenta?
Vem do Caboclo ou da ilha Solteira? Talvez de trás de João Fernandes !!!. A voz de seu mar, Armação dos Búzios...
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
01/2/2206
Obs: Este faz parte de uma série, dedicado a cidade que nasci e cresci. Armação dos Búzios! Na esperança que o Secretário de Cultura leia, e quem sabe edite minhas memórias, a cor da água desse mar...