Ínfimo medo

Sorris; e em teu sorriso

Sinto o desejo de sonhar,

Vagar, mesmo que indeciso;

Mas, é preciso: hei de voar!

Estrelas! Ó estrelas que ora vejo,

Que toco; que brilhais sem nexo,

Reflitai com fulgor meu ardente desejo,

Que em paga meu ser terá vosso reflexo.

Ah, lua...mansa, humilde, bela...

Pacífica, isenta de qualquer tormento.

Nos olhos, o brilho da lua revela

Um amor que aumenta a cada momento.

E tu, lago, sereno amigo,

És como o papel em que ponho meu verso:

Na água que trazes sempre contigo,

Refletes a poesia de todo o universo!

-Contudo eu temo. Temo que realmente teus olhos brilhem...