Como o céu e as estrelas

Nas poucas janelas abertas
Junto aos varais de roupas claras
O sol se entregava
A manhã ficava pálida
Fazia um frio seco
E era o frio que soprava por si mesmo
O gelo dentro das casas

Ela ainda não havia acordado
Dormia como uma princesa e era tão gostoso vê-la assim...,

Sua pele branca como as nuvens de inverno
Seus lábios rosados
Seu semblante de menina
Tudo nela era infinitamente superior ao que havia de mais belo
Era como se a vida na sua plenitude
Tivesse se materializado naquela mulher...

Ela era o amor...
Ela era um sonho e eu que estava ali
Recolhendo as flores espalhadas pelo chão do quarto
Senti-me um homem iluminado
E enquanto ela dormia, eu a velava com musica nos olhos...,

Bem mais tarde,
Nos entregaremos um para o outro novamente
Tomaremos tudo um do outro de algum modo
Ate que finalmente exauridos
Tombados sobre aquele chão de pétalas
Eu fique pálido.
E ela fique ainda mais bela...,

Pois que somos como o céu e as estrelas
E nos completamos...