VELHAS TÁBUAS DE CARVALHO

Aqui no meu quarto, no meu silencioso cantinho,
e tudo muito simples, mas tudo bem limpinho,
e protegido pela imagem, de uma deusa grega.
Mesmo mantendo a porta bem trancada,
sei que em muitos inícios de madrugada,
rompendo as barreiras, a sua saudade chega.

Protegendo as paredes, estão tábuas de carvalho,
que aqui dentro,estão protegidas do orvalho,
guardam em cores vivas, a imagem de um coração.
Nas paredes, versos gravados de uma poesia,
que numa noite, silenciosa e tão fria,
em versos rimados, confessei minha paixão.

E tudo simples, nunca tive um computador,
nas tábuas, registro as fantasias de amor,
e tem tantos escritos, como uma lembrança...
Velhas tábuas, que aceitaram a caligrafia,
e tudo começou foi num distante dia,
que com saudade, registrei ali minha esperança...

Quarto, onde pensando,não aceito a realidade,
tento convencer-me que tudo isso não e verdade,
mas é, por tanto tempo que dediquei a tí...
Um passado, que muitas vezes me assusta,
e ao ler, até para acreditar custa,
que tão belas poesias, pra voce escreví...

Quando a saudade, enche minha alma de sede,
para amenizar, então vou ler lá na parede,
lindos versos rimados, que deixei alí.
Para encontra-los, não tenho nenhum trabalho,
por que sei, que as velhas tábuas de carvalho,
guardam pra mim, um nome que não esqueci...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 10/01/2009
Código do texto: T1378004
Classificação de conteúdo: seguro