Mas, tudo passa...

‘Perdi a minha sela e a minha espada

Perdi o meu castelo e minha princesa’

Perdi as horas

Contando estrelas

Caminhando só pela estrada do reino perdido

Mas, tudo passa...

Sou agora um transeunte na floresta

Sou um bicho indomável e amável

Levo cravada a flecha da tristeza

Bem no meu peito duro

Deixando rastro de sangue quente de amor

Mas, tudo passa...

Perdi aqueles olhos e aquela boca

Perdi aquele perfume e aquele corpo macio

Perdi você

Nos tropeços da vida

E agora – só – insisto em me levantar

Mas, tudo há de passar

Sou um qualquer em qualquer lugar

Sou um jogador aprendendo a jogar

E que não sabe competir

Mas que sabe perder

E se tanto perco é pra um dia enfim ganhar

Tudo passa...

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 13/01/2009
Código do texto: T1382894