Mas, tudo passa...
‘Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa’
Perdi as horas
Contando estrelas
Caminhando só pela estrada do reino perdido
Mas, tudo passa...
Sou agora um transeunte na floresta
Sou um bicho indomável e amável
Levo cravada a flecha da tristeza
Bem no meu peito duro
Deixando rastro de sangue quente de amor
Mas, tudo passa...
Perdi aqueles olhos e aquela boca
Perdi aquele perfume e aquele corpo macio
Perdi você
Nos tropeços da vida
E agora – só – insisto em me levantar
Mas, tudo há de passar
Sou um qualquer em qualquer lugar
Sou um jogador aprendendo a jogar
E que não sabe competir
Mas que sabe perder
E se tanto perco é pra um dia enfim ganhar
Tudo passa...