Ainda hoje

Ainda hoje a minha alma chorou

a sua ausência dolorida no peito.

Penso em você no pequeno retrato

que me olha na ternura que

apenas imagino e sempre sinto.

Quando a alma chora o corpo

estremece no desejo incontido, no

sabor do beijo que procuro e

na resposta que não tenho.

Ainda hoje minhas lágrimas

doces molharam os olhos na

forma imprecisa do sentimento

e na dor física que o corpo

transborda e sente.

Meu coração acelera no ritmo

alucinante que fere seus batimentos

e mergulha na fragilidade que

há em você refletida em mim.

Nesse reflexo sou a gota da

saudade que percorre meus dias

e torna a noite tão longa que

as horas se consomem aflitas.

E nessa aflição a inquietude se

sobrepõe sobre a razão que

não mais tenho e que de tão

perdida dentro de mim se

fez morada na casa vazia de você.

Ainda hoje Deus ouviu preces de

agradecimento e pedidos para

que o meu tempo seja o seu

transformado na cumplicidade

do que vivemos e na serenidade

que tenho ao lado seu.

Ainda hoje eu descobri, uma vez

mais, que gosto muito,

muito mesmo de você.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 16/01/2009
Código do texto: T1387687
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.