poema do amor

o verso continua a ser

meu escudo de defesa

na batalha do mundo social

eu sou de vento folha sonho

e a sociedade de pedra

não se desespera a emoção

no combate da razão

porque o infinito é lágrima

e a vida eternidade

se habito o silêncio

na noite da véspera

aprendo os seus mistérios

para fortalecer-me na luta

é preciso grandeza d´alma

para encontrar o regozijo

nos braços do amor

a ventania pode bater na pedra

uma duas três vezes

todavia o céu pode chamar

os ventos em qualquer distante

não se faz o amanhã de medo

nem se dá ao mundo o que não se quer

o possível é impossível-possível

basta ir além da linha a separar

o que é pedra e o que é alma

vença o poema da vida

na sua hora determinada

e o amor seja bendito

na celebração do eterno

(Alexandre Tambelli, para Carla, noite de 27 de setembro de 2008.)