O QUE ARRANHA*
Naquele dia eu senti
que seria doce ficar.
Que seria tanto despir,
O que o tempo tenta
voar...
Naquele dia eu ouvi,
que amaria até doer.
Que seria segredo sorrir,
o que dentro saliva em chorar.
Naquele dia aprendi,
que te olharia até dormir.
Que seria eterno tentar,
o que boca teima em fugir.
Naquele dia menti,
o que os olhos tentam gritar.
Em tuas mãos eu senti:
o que arranha tanto explicar...
Naquele dia fiz manha,
cantei até te expulsar...
Que a vida assanha a garganta,
e o amor tenta curar...