Amor morticínio

Rosa linda do meu quintal, você é rosa.

Ilude-me aos campos Elíseos morrer assim

Você me castiga como tal, te amar enfim.

Para o seu desabrochar, eu a esperar.

Fico aqui parado a te ver surgir,

O ar transmuta sua beleza, fenomenal.

Ao te ver doce, doce manga do jardim.

Linda como a deusa Afrodite monumental

Faz-me assim um escravo em mim

Morro ao amor seu, que dilacera meu imo.

A dor de te ver, meu coração palpitar e não te ter.

Ilusão cruel, de suaves palavras, amor me mata.

Sonho, nos meus sonhos em tirar seu véu.

Profícuo jasmim felicidade é algo que me escapa

Amor das colinas eu te vejo surgir

Mas nada mais é que o sol, me torturando por ti.

São apenas as luzes amarelas, me sugando as cores.

E te fazendo dos amores, uma ilusão, de dores.

Amor de te amar faz me queimar

E queimar me dói incomensuravelmente.

Minha mente patética, dominada pela tua imagem.

Que me persegue por noites a fio

Senti-te longe de mim sinto frio

Coração congelado

Mente estagnada

Amor vadio

Mulher abandonada

O amor me mata