SIMPLESMENTE PORQUE TE AMO

Não sei como explicar este amor,

parte fascínio, parte respeito

incondicional, que, assentou fidelidade,

dentro de meu coração,

desde esse dia, em que te vi.

Só que, meu pensar, acordado, tem

a todo o instante, o sublime

de teu rosto, traço a traço, como

que, há muito gravado,

dentro de meu singelo, ser pessoa.

E se muitas vezes recorro à natureza,

para te definir, é que, para mim, tu és

a própria natureza: sol ou chuva, canto

de pássaros e miles de flores…

ondas do mar, pousando dedos,

numa praia qualquer.

E vejo-te dançar, à luz da lua, pés descalços,

por sobre a areia e a maré baixa,

num círculo mágico, quase num êxtase,

em que soltando vais, tua alegria,

salpicando tudo à tua volta, como que

espargindo, a tua imorredoira fé.

Depressa baixas a ti, um pouco nostálgica,

porque a noite é curta e teu caminho,

tem de prosseguir, sempre de sorriso

nos lábios, não importando o cansaço.

Mas quando a tristeza vem, em silêncio

te escuto, até que, teus olhos, voltem

a brilhar, com uma naturalidade, já tão

costumeira, a este que te dá, o que

tem e não tem, porque, no fim, tem tudo:

teu ser, teu amor, este jardim, que um

dia, da terra vazia, enchemo-lo de flores.

E assim és tu para mim, meu grande amor,

uma força incontrolável, mas que nunca

negou palavra, a quem quer que fosse,

como se o vento assobiasse, de mansinho,

acordando as folhas adormecidas.

Jorge Humberto

23/01/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/01/2009
Código do texto: T1402301
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