Preenchendo...

O papel pede tinta;

Há urgência!

O tempo não espera por nada, nem por ninguém.

Os olhos se tornaram cinza com o fim desse amor.

A casa está vazia, está maior, está triste sem você.

Os movéis acumulam poeira; a vontade se foi.

Ando a noite pela casa falando sozinha;

As paredes se tornaram fiéis companheiras;

Essas sei que não irão partir.

Passo o dia debruçada sobre as folhas, de caneta em punho.

As vezes as páginas se molham por acidente com minhas lágrimas.

O mundo está em guerra;

E dentro de mim, meu mundo ruiu.

O que achei que fosse sólido;

O que você me fez acreditar;

Não passava de um frágil castelo de areia, feito na beira do mar.

O poeta está triste e os poemas também.

Será assim por um bom tempo.

Será assim até que seu fantasma vá embora.

Quando este dia chegar, vou abrir a cortina;

Deixar que o sol entre.

E que seus raios me aqueça.

Que me seja devolvida a esperança.

Que em meus olhos haja lágrimas de alegria.

Que meu coração acolha um novo amor.

E tudo derá melhor, mais belo, mais tranquilo.

Que minhas poesias falem as amantes;

Que os versos sejam de alegria;

Doces fantasias.

Afinal; amores vem e vão.

Mas nas páginas fica sempre gravado;

O que o tempo, nem com todo tempo, apagaria.

Luciene Nogueira
Enviado por Luciene Nogueira em 31/01/2009
Código do texto: T1414953