Preenchendo...
O papel pede tinta;
Há urgência!
O tempo não espera por nada, nem por ninguém.
Os olhos se tornaram cinza com o fim desse amor.
A casa está vazia, está maior, está triste sem você.
Os movéis acumulam poeira; a vontade se foi.
Ando a noite pela casa falando sozinha;
As paredes se tornaram fiéis companheiras;
Essas sei que não irão partir.
Passo o dia debruçada sobre as folhas, de caneta em punho.
As vezes as páginas se molham por acidente com minhas lágrimas.
O mundo está em guerra;
E dentro de mim, meu mundo ruiu.
O que achei que fosse sólido;
O que você me fez acreditar;
Não passava de um frágil castelo de areia, feito na beira do mar.
O poeta está triste e os poemas também.
Será assim por um bom tempo.
Será assim até que seu fantasma vá embora.
Quando este dia chegar, vou abrir a cortina;
Deixar que o sol entre.
E que seus raios me aqueça.
Que me seja devolvida a esperança.
Que em meus olhos haja lágrimas de alegria.
Que meu coração acolha um novo amor.
E tudo derá melhor, mais belo, mais tranquilo.
Que minhas poesias falem as amantes;
Que os versos sejam de alegria;
Doces fantasias.
Afinal; amores vem e vão.
Mas nas páginas fica sempre gravado;
O que o tempo, nem com todo tempo, apagaria.