DESPISTE-ME LENTAMENTE...

Despiste-me lentamente, primeiro

Com o olhar matreiro, depois

Tuas mãos rasgaram-me as roupas de sonho

Vestes profanas das quais fui quedando-me

Até sentir-me nua...

Teu corpo colado ao meu, foi força

Alavanca de amor que tateou meus desejos

Rompi as barreiras de sanidade, deixei

De ser eu, imersa na tua vontade

De ser feliz

Fui feliz contigo na fusão de corpos e almas

De cenas calmas ou desordens atômicas

Procuramos o caminho do ser, vagarosamente

Pois mais do ter, é preciso viver

Despiste-me lentamente...

E eu me fiz feliz em ti!

Denise