Dor imensurável

Sutil miséria que nos consome,

Egoísmo eivado que nos apodera,

Vácuos de essência, espinho de rosa,

Solidão que amordaça!

Silêncio que não se rompe,

Necessidade que não se explica.

Oh dor imensurável que toca,

O meu, o teu, o nosso ser envolve.

Cruel, majestosa e imponente,

Sofrer que dentro de nós se fecha

E o nosso brilho escassa.

Certeira flecha que queima,

Arranha, arrasa, nosso espírito fere,

É a dor do amor que não se vive.

Nice Aranha