O meu amor

O meu amor tem sabor de tudo o que é

pecado e sei que por vezes os anjos

no céu fecham seus olhinhos doces.

O meu amo escreve nas linhas de

minhas poesias o desejo ardente

da carne no lençol molhado

pelo suor da paixão.

O meu amor é senhor de

minhas horas e toma posse do

pensamento quando assim

bem quer e sente.

O meu amor é feito de momentos

fortuitos nos beijos que dele

consigo roubar, nas carícias que faz

quando meu corpo nele está presente.

O meu amor é o mistério das

palavras que não diz, da

memória que não sente,

da ausência que vem e vai.

O meu amor é a perdição

de minha alma, a ferida do

coração que pensei estar

cicatrizada, a lágrima que

teima em visitar os olhos meus.

O meu amor é a letra do

meu nome, a resposta incerta

nas frases que defino como

sendo as janelas do meu sorriso.

O meu amor é o copo do vinho

que bebemos, o paladar da

comida que degustamos,

o doce sabor do beijo na sala,

do amor feito no quarto.

O meu amor não está nas

poesias de Cecília ou nos

versos de Bandeira.

Ele está nos poemas de Rita Venâncio.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 03/02/2009
Código do texto: T1419722
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