SUPLICANTE


juiz de meus atos,
censor de meus pensamentos,
crítico de minhas palavras:
amo-te de qualquer jeito!

reprovando o que faço,
condenando o meu pensar,
desmentindo o meu dizer:
amo-te de qualquer jeito!

o fogo da tua inquisição
preserva-me a alma, incólume.
a paixão grita em meu peito:
amo-te de qualquer jeito!

censurada, reprovada, condenada...
ainda que eu te aborreça,
mesmo que enlouqueças:
ama-me de qualquer jeito!
Rosane Coelho
Enviado por Rosane Coelho em 23/04/2006
Código do texto: T143830