Você disse que não.

Você disse que não.
Eu não vou te esconder: me doeu (o coração).
Magoado a princípio fiquei sem saber o que aconteceu.
Mas eu logo aceitei: você não pode atender (a minha ligação).
Muito embora eu soubesse (mais cedo ou mais tarde)
Que isso iria acontecer (tantas vezes).
Embora eu compreenda, meu coração não se emenda.
Pois quem sente o amor também sofre a dor (da saudade).
O afã de estar perto pôs o sim como certo,
Nunca, nunca, nunca esperava o não.
Porque eu já me acostumei com a tua voz e não sei
Mais ficar sem ouvir minha louca paixão.
Me doeu não saber se naquele momento,
Assolava em teu peito algum sofrimento.
E se eu era a razão de todo aquele tormento.
Enfim, só me resta esperar que as horas passem depressa.
Eu tenho que aceitar os percalços da vida real.
Sempre pronta pra mim não vai ser natural.
Não há motivo para desespero. Pois, não é o fim.
Pois eu sei que não vais esquecer de mim .
Só me resta aguardar pelo próximo sim.


Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.
Ivo Crifar
Enviado por Ivo Crifar em 15/02/2009
Reeditado em 08/11/2010
Código do texto: T1441217
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