Tinteiro e giz....

Rendido aos apelos que a saudade insiste em fazer,

Meus beijos só almejam outra vez sentir teu gosto,

Por mais que isso seja dificil e doloroso só aumenta.

Procuro por teus sinais no intuito de me preencher,

Ancorando meu ser no porto do teu lindo rosto.

E a dor que me assola, repetidamente me enfrenta.

Com certeza com palavras não se pode a dor saciar,

Mas amargura? Não reflete em nada o que eu senti.

Porém com minhas palavras já não sei como explicar.

Saudade explica ao menos um pouco do que escrevi,

E o meu amor definitivamente, não monopoliza meu dom

Mas quando escrevo pra ti, sempre sei que será bom.

Nem sempre estou a cumprir aquilo que a poesia diz,

E meus versos não elevam só os sentimentos nobres.

Mas veja tenho em minhas mãos, um tinteiro e um giz;

Com o giz eu escrevo os deboches e as odes pobres;

Com o outro eu revelo o imenso universo dentro mim,

Esperando que você o veja como é do principio ao fim...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 24/02/2009
Código do texto: T1454646
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