Amor (lento recomeço)

Percorro a tétrica noite lacrimosa

A caça de respostas vãs e irreais

Que possam sanar a duvidosa

Inexistência atual dos meus ais.

Pois minh’ alma sempre escura,

Sempre sufocada no ermo da cova,

É acabrunhada pela realidade nova

Que me fustiga o peito de ventura...

Oh! jubilosos e sibilantes ventos,

Forjados nos lábios de minha amada,

Com o seu sopro finaram os lamentos

Que me condenavam a solidão gelada.

Mas pode o corvo ser digno do rouxinol?

Será que um ser em total desarranjo,

Pode acompanhar o voar dum anjo?

Ah! Sou a madrugada, ela é o pôr-do-sol!

Ainda ontem maldizia minha sorte,

Hoje deixo de lado esta ladainha deprimida

Pois encontrei a felicidade em minha consorte...

E como nunca dantes, hoje gozo a vida.

Washington M Costa
Enviado por Washington M Costa em 24/02/2009
Reeditado em 30/06/2016
Código do texto: T1455141
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.