PRELUDIO DE UM FUTURO AMOR

PRELÚDIO DE UM FUTURO AMOR

Josa Jásper

Falar de amor, do amor que eu sinto, é o que eu preciso,

mas esse tema me alucina e me apavora!

Sigo adianto o meu confronto decisivo:

um "sim" mais tarde é bem melhor que um "não" agora...

Quero entendê-la e muitas coisas lhe pergunto.

Desejo ouvi-la e poucas coisas me responde.

Quero manter-me em torno dela, sempre junto,

ou conduzi-la junto a mim, não sei pra onde.

Penso em levá-la, mas não sei pra que lugar...

Nem sei se espero que ela mesma me responda.

Parece urgente que devamos conversar

nalgum lugar em que, também, nada me esconda.

Quero prendê-la, sem que escape ao meu feitiço.

Quero tomá-la, sem que saiba que eu a tomo.

Quero atraí-la, sem que se aperceba disso;

Torná-la minha de algum jeito, não sei como.

Por que possuí-la, ainda mais do que eu a tenho?

Se, em tal projeto, eu me embaraço desse modo?

Será que temo por meu fraco desempenho?

ou, na certeza da vitória, eu me acomodo?

Quero senti-la, como a praia sente o mar,

qual lábio seco vai nos beijos se banhando,

no gozo ímpar da beleza de ser par,

ser um com ela, qualquer dia, não sei quando.

Se mesmo longe, eu já diviso um casamento,

se até pressinto que eu amplio os meus espaços,

por que exigir-lhe decisões, neste momento,

entre os sorrisos, cada vez menos escassos?

Falar de amor, do amor que sinto, é o que eu preciso,

porém, calado, penso ter mais segurança.

Ela responde ao meu temor com seu sorriso

e, em seu sorriso, eu ancorei minha esperança.

Nessa esperança, eu me encorajo e me agiganto

e grito ao vento que ela já me corresponde.

Essa mulher há de ser minha, eu lhes garanto!

Só não sei como... não sei quando... nem sei onde!...