DEVANEIOS  DE  VERÃO

         Quarenta para a meteorologia.
         Calor insuportável que já previ,
         desde o dia em que te conheci ,
         pois meu coração, então, sentia
         que essa adrenalina iria subir,
         até ele e a razão não mais resistir.

         Se me é permitido sentir tua tez
         roçando, do meu rosto, a pele,
         até meus lábios irem à tua boca,
         perco, de vez, a minha lucidez,
         deixando que minha atitude revele
         sentir, por ti, essa paixão louca.

         Paixão que aquece meus sentidos,
         incendiando o corpo e a alma,
         aos quais impõe intenso torpor.
         E entregue a esse devaneio flácido,
         meu coração incandescido reclama,
         desesperado, o calor de teu amor.

                        
SP.  05/03/09
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 05/03/2009
Reeditado em 25/01/2016
Código do texto: T1470977
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