Paraíso, o poema...

Na calada da noite
Comecei a limpar a casa,
Arejar o quarto
Secar a umidade das janelas.
A brisa fria tornou-se tépida
Acendi uma lareira invisível
Fechei os olhos
Escrevi versos atrás de versos
Sorrindo, sentindo pulsar o coração
Olhei através da janela
A lua, bonita como nunca
Banhava-me
Tornando prata
Não só meus cabelos,
Mas meu corpo por inteiro
Meu micro explodia
Deletava amarguras
Bloqueava capas
Páginas de livros
Derramava versos
Criava imagens
Bafejava inspirações
Inspiração renascida
Ressurgida do fundo da alma
Casa nova
Nova postura
Idéias que jorram
E eu, como pintor,
Olho o retrato da amada
Pincelo versos
cores mais variadas
nuances jamais fixadas
texturas de paixão
matizes de felicidade
e os versos voam via internet
varam a noite, lépidas
como flechas de cupido
cruzando o éter
Atingindo o alvo.
Continuo feliz no micro:
Mando e-mails avisando
o meu novo endereço:
PARAÍSO...
Roberto Bordin
Enviado por Roberto Bordin em 09/03/2009
Código do texto: T1477409
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.