Vagas de Pensamento

Finalmente achei a fênix de meu fado;

Faceira que fez-me seu fâmulo fiel

Apenas com sua face afável, sua frágil força.

Flor feérica e fonte do mais doce mel.

Futuro sem fim, de fulgor mor,

Fez-me obedecê-la com a força do amor.

Emanação do Éden, estupefato estou

Com a eminência de seu encanto.

Inverno vira estio em seu encômio,

em sua presença encerra-se o pranto.

Escuridão não existe para você,

O extraordinário está à sua mercê.

Recreio-me em reparar no rubor de seu rosto,

Um raio de luz resplandece de su’alma.

Um raro romance remonta-se em você.

O oceano esbraveja, mas por você se aclama.

Rocio suave, régio recreio.

Rumor em amar? Amo-a sem receio.

Enfim, essa flor única e maravilhosa

É extraordinária, qual a chuva branda

Neste último verso direi o nome da rosa.

A Tétis de minha vida chama-se Fernanda!

*Nota: Poema de 16/01/1993 - quando achei que gostava de Fernanda... mas ela já não é.