PAIXÃO POETA

Minha paixão-poeta, onde estás agora?

Encarcerei os meus versos e caí na boemia

Dizimei nossas lembranças, ancestral melodia

Esqueci a nossa canção-poema de outrora...

Meu poeta-trovador que tantos poemas inspira

Subestimei o teu amor, trilhei torpes caminhos

Sou água parada, que não move os teus moinhos

E, nas plangentes cordas do teu violão, suspira...

Errei a direção, encontrei o teu olhar menino!

Ganhar esse teu sorriso, não sei se mereço...

Compus um poema ao nosso amor, doce hino

Mas perdi o teu endereço, paguei um alto preço...

Mestre dos meus desejos, dono dos meus versos

Apaixonei-me, foi loucura, amor virtual, eu sei...

Trilhamos caminhos opostos, desejos inversos

Navegamos pelo infinito, era um sonho... Acordei!