Destino dos aviões

O que falar? O que escrever?

Simplesmente seguro a caneta

E agora estou aqui a tecer

Um poema, um verso, não sei.

Só sei que teço na cor preta.

Tinta enegrecida como o céu está agora,

Numa madrugada adormecida.

Não há ninguém lá fora,

Só silêncio e nada mais.

Ouço cães ladrando ao longe,

As folhas das árvores fazendo barulho quando o vento sopra,

Escuto os aviões passando pelo céu,

O rumo não sei,

Mas parecem estar tão perto das estrelas, os invejo.

Quem nunca olhou pela janela do avião

E admirou aquela infinita imensidão?

Quem nunca teve vontade de tocar uma nuvem?

À noite parece que o manto negro é ainda mais lindo,

Com brilhos e constelações inteiras nos sorrindo.

A lua eu não vi lá do alto,

Mas as estrelas... Ah as estrelas são um espetáculo divino!

E quando vai se aproximando do pouso,

As luzinhas da cidade que parecem estrelinhas terrenas sinalizam a civilização,

O destino dos passageiros e dos pilotos desse avião

Que nessa noite dormirão nas suas casas,

Nos braços de suas namoradas.

Lilith Góthica
Enviado por Lilith Góthica em 13/03/2009
Código do texto: T1484644
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