Esquecimento


Quando me esqueci de mim nos teus olhos
senti muito medo de sofrer,
de ser mortal,
de ser cruel.
Agora rendo-me às perdas do desencontro
e do nada - (por que nada se dói?)
Sem querer, sem poder, sou frágil
desde que teu olhar me levou.
Espero por ti e ninguém sabe.
Espero esquecer-me de ti e ninguém vai perceber.
Espero.
Espero.
Espero.
Meu coração bate sem reencontrar o compasso
daquele momento fugaz-eterno.
Perspectivas, não as permito.
Sufocado o grito, prefiro o silêncio:
é minha nova opção de amor. 
Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 16/03/2009
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