Sem fronteiras

O amor verdadeiro busca seu espaço,

Caminhada atemporal sem atropelos,

De esguia flerta um desejo,

E na ânsia, corrompe medos profundos, e se solta.

Sem referencias, se agita no espaço vazio,

Na imensidão solitária clama por um toque,

De modo contínuo, de onde se inicia,

Movimentos desconexos na clemência por carinho.

Como um ser sem rumo,

Sem a extensão umbilical,

A mão esquerda com dedos próximos,

Aponta para o que é ou o que deveria ser, o amado ser.

O amor se perde e se encontra,

Palpita e se agita,

E ao pensar que só se encontra e por si só,

Sem fronteiras: ao seu lado, o próximo.