SENTIMENTO DE LIBERDADE
Nenhum dos mais doces beijos me saceava,
Até que a alma sombria, num lindo dia
meu pobre coração achou.
E já sabia eu que o amava.
Pois ali meu coração simplesmente ancorou.
Luz, Luzia, Reluzia.
Despi-lhe o véu como despe-se do oceano
os peixes que não mais hão de viver
E nesse louco e pobre desejo, desejo humano
Eu esposa da luz, confusa
Que no porto-seguro nada pode temer
Ébria dormia ali, tão pura musa.
Sem nem mesmo temer o triste deserto
Onde nada pode combater a solidão
Com o coração pulsante e aberto
E o amor clamando e vivendo da razão.
Não sei mesmo suportar a maldade
Graças a esse sentimento de liberdade.