Atalhos

Buscados, sem rumo,

Escondidos.

Alma sedenta,

Procurando um amor,

Vacilante,

Que aparece, esconde,

Brinca, desaparece,

Nunca se expôe,

Diante das incertezas.

É assim, uma busca,

Por caminhos

Que se cruzam,

Sem destinos,

Em desordem,

Quase que uma miragem,

Olhada de longe,

Jamais com uma certeza,

De se encontrar alguém.

Foram tantos os atalhos,

Que busquei desordenado,

Atropelando miragens,

Ao sabor das incertezas,

Diante de tantos fracassos,

Até que achei um dia,

Numa das buscas incessantes,

Um deles, surgindo radiante,

Afagando meu coração.

Curti presença bonita,

Perto, tocando pele macia,

Olhos brilhantes que me fitavam,

Quando sentimentos afloravam,

De dois corações apaixonados,

Que se curtiram,

Diante de todas as certezas,

Com suas almas confidenciando,

Até seus segredos escondidos.

Jairo Valio