Escrevo ao amor...

Para ti, escrevo poemas,

Sem sentir nenhum dilema

Não prosa ou só em verso...

Onde me declaro e confesso

Apenas divago sobre protótipos, formas...

Como modelagem ou escultura de argila

Sobre almas, sobre a pele e os corações

De tudo aqui bate uma forte emoção

Para ti, elaboro belos sentimentos,

Como a todo o momento eu pulso

Falo de alento, de beijos escusos

Quando não a tenho fico confuso

Construo pontes na fantasia, fora do fuso

Toco em teu rosto como brisa ou maresia

Onde podemos nós dois ser como unos...

Aí reside teu forte poder e fascínio

Inventa fantasmas... E fala sobre ti

Nas madrugadas te aqueço e a mereço

Para ti, escrevo poemas de amor e torço

Para que saibas da minha devoção

Da paixão, do medo... Da desilusão

Quando não a tenho em minhas mãos

Nos meus poemas eu rio, choro, transbordo

Grito, solto alto e em bom som o verbo

Deliro, adormeço... Acordo... Levanto

E em cada um deles eu posso sentir-te,

Bem perto... Próxima, assim coladinha

Amar-te, como se do meu lado estivesses...

Seduzido, apaixonado, louco e ensandecido

Para ti, escrevo... Ao vento... Sem sentido,

E cada vez mais em rabiscos eu me convenço

Nas palavras soltas, frases feitas... Alivio dos cansaços

Sinto o teu perfume... Que me prende como num laço

Não interessa... O que eles digam ou o que eu faço

Porque quando escrevo... Estou no beijo e abraço contigo

Pois meu melhor abrigo é quando tu estás comigo.

Dueto: Catarina Camacho & Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 18/03/2009
Reeditado em 18/03/2009
Código do texto: T1493266