Novamente Amar

Quando eu ouvi a tua súplica comovida

Meu coração descompassou, perdeu a paz

E a minha mente, até então, já resolvida

Convulsionou; veja o que o amor nos faz

Eu prometi, tentei, jurei: vou resistir

Sinceramente eu supus ser improvável

Apaixonar-me novamente. E ao insistir

Tornei-me fatalmente mais vulnerável

Que seja feita então a nossa vontade

Permitirei a mim amar mais uma vez

Confesso-te; inflou a minha vaidade

E a tua súplica fez corar a minha tez

Entreguemo-nos a este amor de verdade

Caminhemos de mãos dadas com altivez

Pois o nosso peito pulsa com sinceridade

E pouco importa nessa hora a sensatez...

(Lena Ferreira)