DELÍRIOS DE UM AMOR ESTELAR

Eis-me aqui, mutante sob céu, ó Deus,

quem pregou aquela estrela tão distante?

A via-láctea acena ao meu olhar, me fez pensar.

Não nasci para voltar, bebo a mística distância

num só ponto de referência para o destino,

que anil é o horizonte, inquietação, viagens.

Os tufões estelares desenrolam sentimentos,

mostram os caminhos da lua. Pobres homens, como eu!

Prisioneiro simbólico de uma revolta paradoxal,

com algemas, sem asas dentro da noite......

Lá esta ela, estrela ausente de mim, me olhando como

um ser insignificante, um quase morto no néon da sua jornada,

como criatura ínfima, dízima num corpo quente de amor.

Descobri o que há ao meu redor, estou sem pés,

sem chão, ah.....Aflitíssima espera, fabrico serpentinas

de protestos, com dores de poemas, é para dizer-te com

olhar ardente e vago que estou medindo a profundidade de mim

mesmo, me descobrindo um rio que corre nostálgico

nos teus caminhos, estrela, busco apenas um sonho,

A felicidade de te ouvir dizer: Te amarei para sempre.