Tudo que você plantou

Ainda está aqui
Vicejando
Nada morreu...!

Os lábios do desejo, sempre prontos
A vertigem do corpo amolecido
A eletricidade das mãos
As fagulhas nos olhares 
A mistura terna de nossas peles
O calor das bocas incineradas
O desmaio dos sentidos
O palpitar da espera
Tudo guardei,  

Eu te aguardo, minha gueixa
Com a mesma ansiedade
Da respiração diminuída de outrora
Porque tudo está no mesmo lugar
Onde tudo te espera, meu amor

O farfalhar das asas 
Dos sonhos, quebrando o silencio
O quarto inundado com teu cheiro
Que me traz a brisa 
Na noite imensa 
Em que as estrelas me velam
E não dormirão
Antes de mim.

 
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 21/03/2009
Reeditado em 12/10/2016
Código do texto: T1497756
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